Poema-relato do III Encontro de Escritores da Metamorfose
os livros nos encontram
e através deles conhecemos pessoas,
mas às vezes é alguém
que nos apresenta novos livros
e, nesse caso, a Metamorfose se dá
através dos cursos e vivências.
muda o fluxo, mudam as janelas,
a memória se transforma em ficção,
com Valesca de Assis fomentamos
nossa imaginação.
percorremos corredores secretos
todos juntos, autores reunidos
em um grande auditório,
mas em cada um ideias diferentes.
escrever é estar vivo,
a crônica pode vir de algo tão leve,
mas que nas mãos de Rubem Penz
se torna pesada reflexão.
Marcelo Spalding nos diz
que hoje o fantasma do escritor
é a falta de repercussão
e penso nos textos
ecoando no vazio,
tentando encontrar algum leitor
para quem façam sentido.
Luisa Aranha estabelece pontes
entre pessoas,
entre literaturas tão distintas,
mas que podem coexistir em uma pessoa
porque somos um universo e dele deriva nosso verso.
Letícia nos diz que precisamos de disciplina
e Bruna nos pede para desafiarmos nossos traumas,
da última mesa gravo que
a literatura serve para autodescoberta
e o pensamento flui para mover tantas histórias.
celebramos a escrita e as amizades
feitas ao longo deste caminho,
ouvimos música, nos abraçamos,
compartilhamos comida ao redor de tantas mesas
e acabamos fazendo turismo em nossa própria cidade,
como eu ainda não conhecia os pratos com camarão do Lilliput bar?
